E lá vem ele bailando pelas ladeiras
Vestido em chita e mascarado
Sem se saber quem é,
Esse personagem assustador,
Encantador...
Símbolo maior desse carnaval
Que faz toda a alegria do pessoal.
Com seu jeito ousado e desengonçado
Com sua bexiga barulhenta
E sua arma de polvilho
Coitado do curumim que por ele for visto.
É sujeira!
Suja a todos dançando e polvilhando
No compasso da marchinha
Ou de um hit baiano?
Não sabemos quem.
Se é amigo, ou desafeto
Se nunca vimos
Ou se moramos tão perto
Mas se não queremos nos sujar
É melhor perto não ficar.
Vai fobó!
Dança
Gira
Balança
Nessas ladeiras de tantas andanças.
Tu és a cultura viva carnavalesca.
Tu és a cultura espelhada de tua cidade.
Tu és Óbidos, sentinela da Amazônia.
Rômulo Viana - Caboclo do Tapajós. Nascido na década de 80. Já foi seminarista (noviço). Formado em Letras pela Universidade Federal do Pará. Especialista pela Faculdade da Lapa em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura. Atualmente é Técnico em Assuntos Educacionais da Universidade Federal do Oeste do Pará no Campus de Óbidos. Tem focado leituras na obra de Inglês de Sousa e nos temas teóricos da fotografia. Atualmente cursa mestrado acadêmico em educação pela Ufopa investigando a Formação Universitária de estudante de IES periférica.